Mais qualidade de vida para quem enfrenta o câncer.

Receber um diagnóstico de câncer é um dos momentos mais desafiadores na vida de uma pessoa. Além das emoções envolvidas, o tratamento costuma vir acompanhado de efeitos colaterais difíceis: enjoos, vômitos, perda de apetite, dor crônica, ansiedade, insônia, entre outros.

Nesse contexto, a cannabis medicinal tem ganhado destaque como uma aliada importante na melhoria da qualidade de vida de pacientes oncológicos. É essencial esclarecer: a cannabis não cura o câncer, mas pode oferecer um suporte valioso no alívio de sintomas decorrentes da própria doença e dos tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia.

Como a cannabis pode ajudar?

Diversos estudos apontam benefícios do uso medicinal da cannabis em pacientes com câncer:

• Náuseas e vômitos: o THC e o CBD ajudam a controlar os enjoos provocados pela quimioterapia, muitas vezes resistentes aos medicamentos tradicionais.

• Controle da dor: os canabinoides atuam no sistema endocanabinoide, modulando a dor, especialmente em casos de dor crônica que não responde bem a analgésicos comuns.

• Estímulo do apetite: a perda de peso e a desnutrição são riscos frequentes no tratamento do câncer, e a cannabis pode ajudar a restaurar o apetite.

• Sono e bem-estar emocional: muitos pacientes relatam melhora na qualidade do sono e redução da ansiedade e da depressão com o uso de formulações específicas de cannabis.

• Efeitos anti-inflamatórios e antitumorais: estudos iniciais investigam o potencial de certos canabinoides em inibir a progressão de tumores e reduzir inflamações, mas esses efeitos ainda não são conclusivos.

Uso responsável e orientação médica

É fundamental que o uso de cannabis medicinal seja feito com acompanhamento médico, especialmente em pacientes oncológicos. Cada organismo responde de forma diferente, e a escolha da formulação adequada (óleo, cápsulas, vaporização) depende de vários fatores, incluindo o tipo de câncer, os sintomas predominantes e possíveis interações com outros medicamentos.

Mais do que nunca, a medicina integrativa — que une tratamentos tradicionais e abordagens complementares baseadas em evidências — tem mostrado que cuidar do paciente é tão importante quanto cuidar da doença.