A Doença de Alzheimer é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns e preocupantes da atualidade, afetando milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente idosos. Trata-se de uma condição progressiva e irreversível que compromete gradualmente funções cognitivas essenciais, como a memória, o raciocínio, a linguagem, a orientação e a capacidade de tomar decisões. À medida que a doença avança, o indivíduo passa a depender cada vez mais de cuidadores para realizar tarefas básicas do dia a dia, como se alimentar, tomar banho e se comunicar.
As causas do Alzheimer ainda não são totalmente compreendidas, mas pesquisas apontam para fatores como predisposição genética, acúmulo de proteínas anormais (como beta-amiloide e tau) no cérebro, inflamações crônicas e morte progressiva dos neurônios. Esses mecanismos afetam as conexões cerebrais e levam à perda funcional do tecido nervoso, impactando diretamente a qualidade de vida do paciente e de seus familiares.
Nos últimos anos, cresce o interesse da comunidade científica e médica pelo uso da cannabis medicinal no manejo de sintomas relacionados ao Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas. Um dos compostos mais estudados da planta é o canabidiol (CBD), que não possui efeitos psicoativos e apresenta propriedades neuroprotetoras, anti-inflamatórias e ansiolíticas. O canabidiol atua no sistema endocanabinoide, um conjunto de receptores presentes no corpo humano que regulam funções como o humor, o sono, o apetite e a resposta imunológica.
Estudos clínicos e pré-clínicos indicam que o CBD pode ajudar a reduzir sintomas comportamentais comuns em pacientes com Alzheimer, como agitação, agressividade, ansiedade e distúrbios do sono. Além disso, há evidências de que o canabidiol contribui para a proteção dos neurônios contra processos degenerativos, podendo retardar a progressão da doença. Isso faz da cannabis medicinal uma aliada promissora no cuidado de pessoas com Alzheimer, especialmente quando utilizada de forma complementar aos tratamentos convencionais.
É importante destacar que, embora o canabidiol e outros fitocanabinoides não representem uma cura definitiva para o Alzheimer, eles oferecem uma abordagem integrativa e segura, desde que acompanhada por profissionais de saúde qualificados. O uso adequado da cannabis medicinal pode melhorar significativamente o bem-estar, a autonomia e a qualidade de vida dos pacientes, além de oferecer alívio emocional para os cuidadores.
Diante do avanço das doenças neurodegenerativas e da busca por tratamentos eficazes e menos invasivos, o papel do canabidiol no suporte ao tratamento do Alzheimer merece atenção, investimento em pesquisa e conscientização por parte da sociedade e dos profissionais de saúde.
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