As aftas, a mucosite oral e outras lesões na mucosa da boca são condições frequentes que causam dor, desconforto e impacto direto na alimentação, fala e higiene bucal. Embora pequenas, essas úlceras podem indicar desequilíbrios sistêmicos e até doenças autoimunes. Em casos recorrentes ou extensos, a investigação clínica é fundamental.
As aftas (ou estomatite aftosa recorrente) são lesões ulceradas, de fundo branco-amarelado com bordas avermelhadas, que aparecem em mucosas não queratinizadas — como bochechas, lábios e língua. Já a mucosite oral é uma condição inflamatória mais extensa e profunda da mucosa, geralmente associada a tratamentos como quimioterapia e radioterapia, mas também pode ocorrer em situações de imunossupressão ou desequilíbrio da microbiota oral.
Essas condições podem ter diversas causas:
Estresse emocional, ansiedade e distúrbios do sono.
Traumas locais (escovação vigorosa, próteses mal adaptadas).
Deficiências nutricionais (ferro, vitamina B12, ácido fólico, zinco).
Distúrbios hormonais.
Doenças autoimunes, como o líquen plano oral, lúpus eritematoso sistêmico ou doença celíaca.
Tratamentos oncológicos, como quimioterapia e radioterapia, que afetam diretamente o epitélio da mucosa.
Reações alérgicas ou medicamentosas.
Entre essas, o líquen plano oral merece atenção especial por ser uma doença inflamatória crônica de base autoimune, que pode causar lesões reticuladas (em forma de renda), placas brancas ou erosões dolorosas, exigindo acompanhamento constante.
A cannabis medicinal, especialmente por meio do canabidiol (CBD), tem se mostrado uma ferramenta terapêutica interessante no cuidado da mucosa bucal. Os principais efeitos benéficos observados incluem:
Essas propriedades fazem com que o CBD e outros canabinoides sejam considerados adjuvantes promissores no tratamento de lesões orais complexas, como a mucosite induzida por quimioterapia ou o líquen plano oral sintomático.
O uso pode ser feito por via tópica (géis, sprays bucais, enxaguantes com canabinoides) ou sistêmica (óleos sublinguais ou cápsulas), sempre sob a supervisão de um profissional da saúde qualificado.
O tratamento com cannabis medicinal não substitui a investigação clínica e o cuidado convencional, mas pode complementar a terapêutica, oferecendo alívio mais natural, com menos efeitos adversos que corticoides tópicos, anestésicos ou imunossupressores sistêmicos.
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